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Criando Oportunidades

12/06/2020

A nova forma de pensar o mercado já começa a ser percebida. Muito embora a retomada da atividade econômica seja lenta e cautelosa, influenciada pelas questões de controle epidemiológico e da própria insegurança geral, novas formas e modelos de gerar as relações B2B, B2C e B2B2C estão em franco desenvolvimento.

Sobreviver, reinventar e criar é fundamental. 

Atividades e postos de trabalho correm o risco de serem extintos. Sabemos disso. Porém, ao mesmo tempo em que tais atividades são extintas, novas formas de empreender estão sendo geradas.
Seja em modelos voltados à tecnologia ou em atividades ligadas à alimentação humana, o pensar atual exige a maximização de todas as vertentes do dynamic network.  Relações mais próximas, ou seja, entre empresas locais, de conhecimento mútuo, passaram a ser a melhor alternativa de trabalho conjunto.

É o efeito das ondas geradas por uma pedra lançada em um lago. A força mais intensa da onda é percebida o mais próximo do ponto em que a pedra tocou a superfície de água. A margem do lago só perceberá a onda, em seu estágio final de movimento. Quanto mais forte o empuxo inicial, maior será a força da onda ao tocar a margem.

Deste movimento, os parceiros comerciais mais próximos das empresas são os que poderão somar forças e fazer com que a onda da superação chegue o mais forte possível na margem do lago.  Deverá ser fortalecido o que a empresa tem de melhor, visando o seu efeito futuro. Melhorias em setores que podem gerar resultados, embora simples e desprovidos de tecnologia, também devem ser considerados.

Se os recursos financeiros são escassos, quais parceiros poderiam ser utilizados na formação de uma Joint Venture temporária, ou, simplesmente, de um compartilhamento para superar a crise e retomar a onda do crescimento?  E os concorrentes, poderiam se unir para a proteção de seus “consumidores”? Sim, este é o caso das maiores empresas de telecomunicação do Brasil (Vivo, Claro, Oi e TIM), que se uniram para auxiliar no combate ao COVID-19 e fomentar para que seus consumidores “fiquem bem fiquem em casa”, conectados em home office.

E para os pequenos negócios? Tomo como exemplo uma loja de calçados de Ijuí, RS, relatado na coluna de Erik Farina, no GaúchaZH, de 10 de maio de 2020. A lojista Karine De Bem Cardoso, utilizando das redes sociais e de um e-commerce, viabilizou que cinco pequenas empresas pudessem vender seus produtos aos consumidores, movimentando a econômica local.

Iniciativas e alternativas como essas são essenciais.  Pensar, discutir e criar a viabilidade de novos negócios é o caminho.  Juntos, poderemos construir este novo mundo. Para tanto, existe respaldo jurídico, instituído pelo artigo 14 da Lei 14.010 de 10 de junho de 2020, o qual autoriza formações de Joint Ventures, as quais anteriormente, poderia ser entendido como atos de concentração de mercado.

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