26/01/2016
O INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) divulgou nesta semana o balanço oficial das estatísticas de seus serviços em 2015, elaborado pela Assessoria de Assuntos Econômicos. De maneira geral, o quadro aponta para estabilidade, porém, algumas áreas registram redução no ano.
Na área de marcas, por exemplo, houve um crescimento de 1% nos pedidos, chegando a 158.709 contra 157.016 registrados em 2014. Com o aumento de produtividade e também no número de examinadores, a variação maior ocorreu no número de decisões do INPI, que chegou a 189.916 em 2015 contra 157.600 do ano anterior.
Já no caso do Desenho Industrial, foi registrada uma queda de significativos 8,4% nas solicitações, que passaram de 6.590 em 2014 para 6.039 no ano seguinte. Quanto à averbação de contratos de tecnologia, também houve redução de 18%, caindo de 1.710 para 1.400 em 2015.
“Essas quedas são reflexo da crise pelo qual passa o país, e a perspectiva é de que elas continuem”, atenta Guilherme Spiller, da Creazione Marcas e Patentes. Na área de patentes o declínio foi de 0,4% - de 33.182 em 2014 para 33.043 no ano passado.
“Os números nos preocupam, dado o atual cenário econômico. Esperamos que a baixa não atinja o setor de criação das empresas e o desenvolvimento de marcas, por exemplo”, diz Spiller.
Para o gestor, a esperança é de que a crise chegue ao fim. “É pelo que torcemos”, afirma. Mas, analisando o quadro geral, segundo ele, a perspectiva mostra que a fraqueza da economia seguirá ainda em 2016, e que essas áreas voltarão a mostrar crescimento apenas no próximo ano.