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Brasil e Estados Unidos: Um Novo Capítulo para os Negócios

14/05/2025

Recentemente, as notícias de imposições de tarifas pelo governo americano correram o mundo e sacudiram os mercados. Essas tarifas afetaram diversos parceiros comerciais, e o Brasil, embora atingido, foi taxado de forma mais moderada em comparação com outros países. Mesmo assim, setores como aço, alumínio, produtos industrializados e agropecuários sentiram o impacto.

De forma geral, o comércio entre os dois países cresce. As exportações para os Estados Unidos, em abril de 2025, cresceram 21,9% e somaram US$ 3,57 bilhões. As importações aumentaram 14,0% e chegaram a US$ 3,79 bilhões. No acumulado de janeiro a abril 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 3,7% e as importações cresceram 14,6%, com aumento da corrente de comércio em 9,1% chegando a US$ 27,24 bilhões.

Outra boa notícia é que esse cenário poderá ser ainda melhor. Superadas as incertezas iniciais, abre-se uma nova oportunidade para as empresas brasileiras ampliarem sua presença no mercado americano. Os EUA continuam sendo o maior mercado consumidor do mundo, com grande capacidade de compra, mesmo em um momento de possível desaceleração econômica. É um país que consome, que investe e que mantém uma demanda constante por produtos e serviços de qualidade, com preços competitivos. E é aí que o Brasil pode e deve aproveitar.

Mais do que vender commodities, o Brasil tem potencial para oferecer produtos com maior valor agregado. Só que para isso, é preciso estar preparado. Exportar para os EUA exige atenção a regras e exigências técnicas rigorosas. Produtos industrializados, por exemplo, precisam de certificações específicas, como aquelas exigidas pela FDA ou pela UL. Essas exigências podem parecer barreiras, mas, na verdade, representam uma grande chance de elevar o padrão da produção nacional e conquistar mercados mais exigentes.

Além disso, com a mudança nas cadeias de suprimento globais, muitas empresas americanas estão buscando novos parceiros fora da Ásia. O Brasil surge como uma alternativa estratégica, pela sua capacidade produtiva, proximidade geográfica e notável capacidade empresarial. A chance de ocupar esse espaço é real, mas é preciso planejamento, qualidade e agilidade para atender ao que o mercado americano espera.

Expandir para os Estados Unidos não é só possível é viável e promissor. Com os caminhos se abrindo e a demanda se mantendo forte, este é o momento ideal para os empresários brasileiros olharem para o norte e enxergarem mais do que um cliente: enxergarem um parceiro estratégico. Superando barreiras e investindo em qualidade, inovação e adaptação, o Brasil pode não apenas vender mais para os Estados Unidos, mas conquistar um espaço de destaque em um dos mercados mais importantes do mundo. Com o protagonismo do setor empresarial, os resultados certamente virão. A hora é agora. E quem se preparar, colherá os frutos de um comércio mais forte, duradouro e vantajoso para os dois países.
  Fábio Stefani,

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